quinta-feira, 28 de abril de 2011

Sindrome de Down-Conhecendo e valorizando as diferenças.


 
 



A síndrome de Down, uma combinação específica de características fenotípicas que inclui retardo mental e uma face típica, é causada pela existência de três cromossomos 21 (um a mais do que o normal, trissomia do 21), uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos.
É sabido, há muito tempo, que o risco de ter uma criança com trissomia do 21 aumenta com a idade materna. Por exemplo, o risco de ter um recém-nascido com síndrome de Down, se a mãe tem 30 anos é de 1 em 1.000, se a mãe tiver 40 anos, o risco é de 9 em 1.000. Na população em geral, a freqüência da síndrome de Down é de 1 para cada 650 a 1.000 recém-nascidos vivos e cerca de 85% dos casos ocorre em mães com menos de 35 anos de idade.
 Os portadores possuem algumas características físicas em comum, como rosto arredondado, olhos puxados, orelhas pequenas, mãos menores com dedos mais curtos e uma única prega palmar. Há também alterações sistêmicas como a má formação cardíaca e do intestino, problemas respiratórios, de visão e audição, hipotonia (redução do tônus muscular) e certo retardo mental.
As pessoas com síndrome de Down costumam ser menores e ter um desenvolvimento físico e mental mais lento que as pessoas sem a síndrome. A maior parte dessas pessoas tem retardo mental de leve a moderado; algumas não apresentam retardo e se situam entre as faixas limítrofes e médias baixa, outras ainda podem ter retardo mental severo.
Existe uma grande variação na capacidade mental e no progresso desenvolvimental das crianças com síndrome de Down. O desenvolvimento motor destas crianças também é mais lento. Enquanto as crianças sem síndrome costumam caminhar com 12 a 14 meses de idade, as crianças afetadas geralmente aprendem a andar com 15 a 36 meses. O desenvolvimento da linguagem também é bastante atrasado.
Pais que têm uma criança com síndrome de Down têm um risco aumentado de ter outra criança com a síndrome em gravidezes futuras.
Características bucais do portador da SD:
1. Macroglossia (língua grande) 
2. Língua fissurada • Agenesia (falta de um ou mais dentes) 
3. Defeito no esmalte dos dentes
4. Mordida cruzada posterior
5. Maxila atrésica (pequena)
6. Mandíbula protusa (projetada para frente) 
Devido ao relaxamento da musculatura facial, a mandíbula fica mais frouxa, a boca mais aberta e a língua projetada um pouco para fora.
Os portadores da SD possuem uma baixa incidência de cáries, mas em compensação, uma alta incidência de doença periodontal, isto é, inflamação gengival seguida de perda óssea ou não.
A cárie deixa de ser a principal vilã, pois devido ao atraso no nascimento dos dentes, ao bruxismo (ranger dos dentes) e a composição da saliva (diferente composição da flora bacteriana), esta não se desenvolve com grande freqüência.
Com relação à doença periodontal, este possui uma rápida progressão podendo resultar na perda precoce dos dentes. As causas estão relacionadas com as deficiências imunológicas, dificuldades na cicatrização gengival, maus hábitos alimentares e principalmente com a falta de uma boa higiene bucal, muitas vezes ocasionada por problemas de coordenação motora.
Os indivíduos com SD,apesar de seus limites de aprendizado,são perfeitamente sociáveis e por isso,esforços não devem ser poupados na estimulação precose e constante destes pacientes,buscando sempre a sua integridade,facilitando assim sua inclusão na sociedade.

Um comentário:

  1. oi.. estou fazendo um trabalho sobre anomalias estomatognaticas em portadores de sindrome de down e gostaria de saber se vc tem algumas fotos?
    obrigada desde já

    ResponderExcluir